sexta-feira, 28 de maio de 2010

Todo mundo odei a Apple

do Universo Tecnologia

Quando Steve Jobs decidiu que aparelhos Apple, com iPhone e iPad, não rodariam Flash, muitos decretaram o fim do formato. Tudo levava a crer que a plataforma para rodar vídeos, jogos e outras coisas em movimento na web daria lugar definitivamente ao HTML5, bola da vez.

Mas no Google I/O (inovação e abertura, na sigla em inglês), conferência de desenvolvedores do Google, que ocorreu na semana passada em São Francisco, nos EUA, o Flash ganhou novo fôlego.

No evento, ficou claro que a Apple é o inimigo em comum. E não só da Adobe e do Google. Fizeram parte do encontro os presidentes do Google (Eric Schmidt), da Adobe (Shantanu Narayen), da rede de varejo norte-americana Best Buy (Brian Dunn), da empresa de TV por satélite Dish Network (Charlie Ogden) e das fabricantes Logitech (Gerald Quindlen), Sony dos EUA (Howard Stringer) e Intel (Paul Otellini).

GOOGLE TV

Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google, provocou a empresa de Jobs diversas vezes na apresentação da Google TV, principal anúncio do evento. A estratégia foi dizer que o Google é uma empresa aberta; e a Apple, fechada.

Além da plataforma de TV, a outra estrela do I/O foi a nova versão do sistema operacional de celulares do Google, o Android 2.2, ou Froyo, apelido que vem de Frozen Yogurt.

Os dois rodam o Flash 10.1, versão mais moderna da plataforma. Para Jobs, o Flash é ultrapassado, deixa a internet lenta e consome muita bateria. Segundo a Adobe, a nova versão roda vídeos em alta resolução sem travar nem acabar com a pilha.

Gundotra usou a parceria com a Adobe para provocar o estilo de Jobs, que tem fama de ser difícil, reafirmando inúmeras vezes que o Google gosta de trabalhar em equipe.

CORRIDA

Durante a apresentação do Andoid 2.2, que vem com o Flash 10.1, foi feita uma demonstração para comparar um Nexus One, o celular do Google que é fabricado pela taiwanesa HTC, e um iPad. Em diversos momentos, o tablet da Apple demorou mais para processar e executar gráficos do que o smartphone. Para o deleite da plateia, evidentemente formada pela torcida mais fiel possível do Google.

O Flash 10.1 também será o motor gráfico da Google TV, que rodará sobre o browser Chrome em aparelhos equipados com o sistema operacional Android.

No Paquistão, Youtube e Facebook podem ser liberados

do Universo Tecnologia

O governo do Paquistão está considerando remover o banimento do YouTube e do Facebook, disse um ministro.

Em um post em sua recém-aberta conta no Twitter, Rehman Malik, ministro do interior, disse que o gabinete paquistanês reuniu-se hoje e aceitou sua proposta de barrar somente as seções consideradas ofensivas nos dois sites.

Notícias da mídia local nesta quarta citaram membros do governo do país, inclusive Malik, dizendo que a proibição de acesso seria encerrada nos próximos dias, após o bloqueio do conteúdo "ofensivo".

O Facebook foi bloqueado no Paquistão na quarta passada pela Pakistan Telecommunication Authority (PTA), após decisão da Corte de Justiça em Lahore e do governo do país.

Houve protestos em várias cidades do país contra uma página do Facebook, chamada "Dia de Todo Mundo Desenhar Maomé" que convidada os internautas a desenhar charges do profeta. A religião islâmica considera isso extremamente ofensivo.

No dia seguinte, a PTA também ordenou o bloqueio do acesso ao YouTube por exibir conteúdo considerado "sacrilégio". Outros 450 links de web também tiveram o acesso impedido no país.

Nokia é a empresa de eletrônicos mais "verde" do mundo, segundo o Greenpeace

da agência Efe

A fabricante finlandesa de telefones celulares Nokia é a multinacional do setor de eletrônicos mais "verde" do mundo e aumentou ligeiramente sua vantagem sobre a segunda classificada, a Sony Ericsson, segundo um relatório publicado pelo Greenpeace.

A 15ª edição do guia para uma eletrônica mais verde do Greenpeace deu à companhia finlandesa uma pontuação de 7,5, em um máximo de 10, dois décimos a mais que na versão anterior, graças a seu compromisso com a retirada de substâncias tóxicas de seus produtos.

A organização ambientalista apontou que a Nokia eliminou algumas substâncias tóxicas de seus novos modelos de telefones, como os compostos de bromo e trióxidos de antimônio.

Também avaliou positivamente as declarações do executivo-chefe da companhia, Olli-Pekka Kallasvuo, que defendeu que os países industrializados cortem 30% de suas emissões de gases que agravam o efeito estufa até 2020.


Nokia é a empresa de eletrônicos mais "verde" do mundo, segundo
o Greenpeace


No entanto, o Greenpeace criticou a Nokia por não apoiar abertamente as restrições globais de outras substâncias poluentes, como o PVC, e por não utilizar plásticos reciclados em maior medida na produção de seus telefones.

Depois da Nokia, as companhias de aparelhos eletrônicos mais "verdes", segundo o Greenpeace, são a Sony Ericsson, com 6,9 pontos, seguida por Philips e Motorola, ambas com 5,1 pontos.
As empresas menos ecológicas do setor são a japonesa Nintendo (1,8 pontos), a chinesa Lenovo (1,9) e a americana Microsoft (3,3).

Fábrica de iPhone vem entrando em Suicidio

da Reuters

A Foxconn, unidade fabricante do iPhone para a Apple na China, registrou o suicídio de mais um funcionário nesta quarta-feira. A décima morte ocorreu horas depois do presidente do conselho da empresa prometer vida melhor para os funcionários na fábrica ao sul do país.

A empresa não deu detalhes sobre a morte, mas a agência chinesa de notícias oficial Xinhua disse nesta quinta-feira que um inquérito policial inicial indica que o homem de 23 anos, do noroeste da China, cometeu suicídio ao pular da sacada de um sétimo andar do dormitório.

Outro funcionário da Foxconn na unidade de Shenzhen tentou cortar os pulsos, mas sobreviveu com o atendimento médico, segundo a Xinhua.

As mortes chamam atenção para as práticas de trabalho da Foxconn, unidade da taiwanesa Hon Hai Precision Industry, cujos clientes incluem Apple, Hewlett Packard e Sony Ericsson. A Apple e outros clientes disseram que estão investigando as condições de trabalho na Foxconn, que tem cerca de 420 mil trabalhadores em sua base em Shenzhen e enfrenta críticas sobre sua cultura corporativa secreta.

Os trabalhadores vivem no interior do complexo da fábrica e montam produtos para as principais empresas de telefonia e informática do mundo em turnos de dia e noite.

Apenas algumas horas antes de os últimos relatos, o geralmente tímido presidente do conselho da Foxconn Terry Gou abriu as fábricas da empresa em Shenzhen a jornalistas e prometeu tomar medidas radicais para evitar mais mortes.

Todos os 10 óbitos foram de trabalhadores migrantes jovens, entre os milhões que deixam o interior pobre da China para as cidades em forte crescimento nas áreas litorâneas em busca de trabalho e salários elevados.

Manaus pode se tornar a cidade mundial da marca Amazônica

do Universo Tecnologia

Em Brasília-DF, a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). Durante a 1ª sessão plenária “Biodiversidade e os novos padrões de desenvolvimento via inovação”, a pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a geógrafa Bertha Becker, afirmou que a capital do Amazonas pode ser uma cidade mundial de marca amazônica.

Becker é contrária à implantação do mercado de carbono e ao financiamento do não-desmatamento. A pesquisadora defendeu o macrozoneamento ecológico-econômico da Amazônia Legal como uma alternativa para a sustentabilidade da região. Segundo a geógrafa, há urgência em conter o desflorestamento, mas há diversos caminhos para alcançá-lo.

Bertha Becker propôs, durante a conferência, que a capital amazonense seja a base para prestação de serviços ambientais, inclusive com uma bolsa de valores. “Isso é possível graças a sua posição ímpar frente à floresta amazônica sul-americana”, frisou.

A pesquisadora foi mais além e destacou que é preciso haver uma revolução científico-tecnológica na Amazônia, com foco no desenvolvimento de cadeias produtivas baseadas na biodiversidade, envolvendo as comunidades do âmago da floresta até os centros de pesquisa e as indústrias localizadas nas cidades.

“É nesse contexto que Manaus seria uma base para múltiplos serviços ambientais, tais como água, energia renovável, energia solar, entre outras alternativas, tudo com foco na mudança e na inovação”, explicou em sua proposta.

Segundo a geógrafa, o empresariado brasileiro ainda não se deu conta das amplas possibilidades oferecidas pelos negócios sustentáveis que precisam ser dinamizados. A proposta é um novo modo de produzir baseado no conhecimento, capaz de reproduzir ao máximo a sinergia da natureza e não de destruí-la.

A sessão foi coordenada por Luiz Gonzaga Belluzzo, da Universidade de Campinas/Unicamp, que mediou as apresentações feitas por pesquisadores e representantes de instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A Abertura

Com a participação de 3,8 mil participantes de todo país, a 4ª CNCTI teve início, na manhã da última quarta-feira no hotel Royal e Golden Tulip, em Brasília, sob a ótica da sustentabilidade.

O evento contou com a presença do diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Odenildo Sena, da diretora técnico-científica da FAP, Patrícia Sampaio, do secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Marcílio de Freitas, e de representantes de instituições de ensino e pesquisa do Amazonas. Estiveram presentes na solenidade, analistas, gestores de instituições de pesquisa, empresários, tomadores de decisões e membros da comunidade em geral.

De acordo com o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, o evento contribuirá para o crescimento do país por meio de propostas que vão consolidar uma política de Estado em ciência, tecnologia e inovação, com o desenvolvimento sustentável como foco principal.

Em sua fala de boas-vindas, o coordenador da 4ª CNCTI, Luiz Davidovich, incentiovu os participantes a serem ousados, apresentando propostas viáveis, que garantam o alcance das metas do evento. “Essa Conferência tem um olhar voltado para o futuro. Não se inicia hoje e termina na sexta, mas já vem sendo preparada há meses, com as reuniões regionais, e culminará com a elaboração de um documento que vai nortear a formulação de propostas importantes para o progresso do país”, declarou.

A 4ª CNCTI termina hoje, Sexta-Feira, 28, no Golden Tulip Brasília Alvorada. Mudanças climáticas, energia, recursos naturais, desigualdades regionais e educação científica de qualidade em todos os níveis são os principais temas discutidos no evento.