do Universo TecnologiaA secretária de Ciência e Tecnologia do Estado do Tocantins, Márcia Barbosa, participa de 26 a 28 de maio em Brasília-DF da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Segundo a secretária é importante a participação do Estado no maior evento de debate de políticas públicas nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. “O Tocantins precisa estar inserido neste debate, é preciso avançar muito nesta área, pois entendemos ser de fundamental importância para alavancarmos o desenvolvimento do Tocantins e de toda a região Norte”, destaca Márcia Barbosa.
Acompanham a secretária na Conferência, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alan Rickson, a coordenadora de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento, Elisângela Pinheiro de Azevedo, e a coordenadora de Inovação e Inclusão Social, Ana Lídia Freitas Rezende.
O grupo tocantinense vai defender as propostas resultantes das discussões da 2ª Conferência Regional Norte de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Belém-PA no mês de março.
Propostas da Região Norte1) Elaboração e execução, por agências públicas, de programas específicos de promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação na região Norte, observando: as particularidades e heterogeneidade do sistema na região; metas progressivas de elevação da participação da região no quadro de doutores do país e no orçamento de ciência e tecnologia; a participação dos pesquisadores, instituições e populações locais no processo de discussão; e a articulação com os sistemas locais de fomento à pesquisa.
2) Descentralização das agências de fomento, com a criação de escritórios regionais da CAPES, CNPq e FINEP, para interação direta com pesquisadores, instituições e Fundações regionais, de modo a acelerar a construção e execução de programas de indução à Ciência, Tecnologia e Inovação na região.
3) Descentralização de institutos federais de pesquisa (Centro Brasileiro de Pesquisa Física – CBPF, Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC, Centro de Tecnologia Mineral – CETEM), a exemplo do que realizou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, com a abertura de unidades na região Norte, associadas aos grupos de pesquisa instalados na região.
4) Criação de uma contrapartida financeira adicional àqueles das carreiras acadêmicas e de pesquisa vigentes nas instituições de outras regiões para o trabalho em Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia, como parte de uma política para a atração, a fixação e a retenção de pesquisadores produtivos nas instituições acadêmicas e de pesquisa na região, favorecendo, desse modo, a mobilidade dos pesquisadores e a interação permanente com outros centros de pesquisa.
5) Expansão das oportunidades de formação de recursos humanos para a pesquisa na região, pelo incremento substancial do sistema local de formação (por exemplo, com a execução do Programa de Apoio à Pós-Graduação – PAPG/IFES), por associação das competências regionais em redes de pesquisa (a exemplo da BIONORTE) e em Programas de Pós-Graduação em Associação e por meio da formação de quadros locais por Programas de Pós-Graduação consolidados de outras regiões (MINTERs e DINTERs).
6) Expansão das oportunidades de formação de recursos humanos em geral na região, por meio da criação de novas instituições acadêmicas e de pesquisa, sobretudo universidades federais. O número de IFES na região deve basear-se não na população residente, mas na dimensão no patrimônio natural e cultural a ser estudado e nos objetivos estratégicos de ocupação da região com estruturas de produção de conhecimento.
7) Integração das populações locais ao universo da ciência e da tecnologia, articulada ao objetivo de promoção da inclusão social, com programas de qualificação do ensino em todos os níveis, programas de desenvolvimento e transferência de tecnologias sociais, universalização do acesso à internet e programas de promoção da cultura científica para crianças, jovens e adultos fora da escola.
8) Fortalecimento das relações entre o processo de produção de conhecimento e os processos produtivos, com foco na sustentabilidade, por meio do fortalecimento de iniciativas como incubadoras de empresas e parques tecnológicos.
9) Criação de uma Rede Pública Amazônica de Comunicação de Dados, interligando digitalmente todas as sub-regiões, estendendo a experiência do Programa Navega Pará.
10) Definição de um política para a promoção da agricultura sustentável na região Amazônica em áreas antropizadas, contemplando o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, a verticalização da cadeia produtiva e a conservação de áreas de floresta nativa e de terras indígenas.
11) Expansão substancial da formação graduada e pós-graduada em engenharias nas instituições da região Norte, de modo a formar localmente os recursos humanos necessários aos projetos de desenvolvimento, especialmente aqueles baseados na exploração de riquezas minerais e de recursos hídricos.
12) Criação de programas específicos de indução do desenvolvimento científico e tecnológico em áreas estratégicas de exploração de riquezas minerais (incluindo o petróleo na costa paraense), biodiversidade, biotecnologia, agricultura, nanotecnologia, tecnologia da informação e comunicação, energias renováveis, mudanças climáticas, recursos hídricos e ecossistemas costeiros.
